domingo, 18 de novembro de 2018

COMO PARDAL SOLITÁRIO NO TELHADO

Essas palavras se  encontram  registradas em Sl.102:7. O salmista exprime o estado de aflição que estava passando, derramando a sua alma perante o SENHOR, dizia mais: ‘Sou como o pelicano no deserto, como a coruja das ruínas”.  Lendo o livro TU ESTAS COMIGO de Eurides Obalski, ela detalha o tipo físico  do pardal, como uma ave totalmente frágil,  pequeno porte (14 a 16 cm), bastante comum, considerada vulgar e uma das menos importantes. Era assim que o salmista se considerava naquele momento de fragilidade. Todos, enfrentamos momentos críticos, como um problema na família, uma situação econômica difícil, um quadro de enfermidade  etc.
Podemos estar cercados de pessoas que nos demonstram amor e carinho e no entanto sentimos que estamos sós, o sono foge , a noite se torna longa, as horas não passam.  Essa situação nos faz entender o quão frágeis e débeis somos, como o pequeno pardal. Conhecemos o SENHOR, amamos o SENHOR, isso é muito importante, mas a nossa fragilidade humana, permanece em nós. Complementando o versículo o salmista ainda disse: “Não durmo.”... Já imaginaram uma pessoa velando toda a noite? O silêncio, o frio da noite, o gemido do doente, as batidas do relógio!
“ Não durmo, sou como o pardal solitário no telhado”, no versículo anterior ele fala “como a coruja das ruínas”. A coruja é aquela ave noturna, faça frio ou chova, ela está no seu posto de plantão. Muitas vezes tenho me sentido assim, quem me conhece sabe, mas é exatamente nesse momento que nós sentimos o amor sublime de Jesus, que não se importa com a nossa pequenez, a nossa insignificância, o nosso quase nenhum valor, como o pardal, mas nos aconchega nos ampara e nos protege.
Ainda o salmista no Sl.84 diz: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa...” Que maravilhoso saber que na presença do nosso Deus podemos encontrar abrigo e esconderijo perfeitos.
“ Até o pardal encontrou casa...”. esta verdade nos motiva a passar pelos desertos e vales de Baca, (vale de lágrimas, vale das lamentações, vale árido e vale das balsameiras) sabendo que, ainda que o tempo está nublado, as noites estejam  escuras , sua voz sussurra aos nossos ouvidos: Não estás só, eu estou contigo! Eu sofri toda a carga do abandono e da solidão para que não te sentisses solitária!
Quando lemos que ele clamou: Elí, Elí, lamá sabactâni! Ou seja, Deus meu, Deus meu por que me desamparaste! Jesus estava sentindo o peso da nossa culpa e segundo o profeta Isaías, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. Is.53:4ª. Esse era o peso do abandono e da solidão.
Não podemos  permitir que nenhuma colheita daninha se aloje nos nossos corações. É evidente que colhemos o que semeamos ou plantamos, mas a erva daninha se colhe mesmo sem plantar, regar ou cuidar. Ela é uma “penetra” na nossa plantação, e se apresenta em forma de sentimentos negativos como: tristeza, sentimento de abandono,  solidão, angústia. O nosso coração deve ser depósito das suas promessas e essas promessas não têm tempo de validade. Esse odre (coração) deve estar sempre abastecido da água salutar, da palavra de Deus, e assim vamos caminhando, e enquanto caminhamos o Espírito Santo vai abastecendo o nosso odre. Lembro que quando Agar se despedia,  fugindo da sua patroa Sara, com seu filho Ismael para o deserto peregrinar, Abraão deu-lhe um odre com água e pão. Acostumado com o deserto, ele sabia que sem esses dois elementos, era impossível sobreviver. Vemos que o problema de Agar começou não, com o frio do deserto ou com o sol inclemente, com as tempestades de areia ou os escorpiões, mas o problema de Agar ocorreu quando o odre secou. Levantemos o nosso ânimo, não mais como um pardal solitário, mas na segurança de que Ele está conosco, não estamos sós. “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido (de Baca), faz dele um manancial.” Sl.84:5,6ª. Deus seja louvado!

Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha 


4 comentários:

  1. É necessária a fé, ou seja, a graça que justifica, na qual um homem aprende a pisar aos pés as coisas próprias, negar-se a si mesmo e ser inimigo de sua alma.


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  2. É necessário nos momentos difíceis de nosas vidas termos animo foi Jesus mesmo quem falou no mundo tereis aflição mas tende bom ânimo

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  3. Que meditação maravilhosa!!
    Nos leva em várias etapas e situações das nossas vidas, mas nos dando a certeza que Ele sempre estará conosco, na bonança, no deserto ou no Vale. Ele será nosso fiel companheiro nos fazendo sentir em um manancial independente das circunstâncias.

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