Podemos estar cercados de pessoas que
nos demonstram amor e carinho e no entanto sentimos que estamos sós, o sono
foge , a noite se torna longa, as horas não passam. Essa situação nos faz
entender o quão frágeis e débeis somos, como o pequeno pardal. Conhecemos o
SENHOR, amamos o SENHOR, isso é muito importante, mas a nossa fragilidade humana,
permanece em nós. Complementando o versículo o salmista ainda disse: “Não
durmo.”... Já imaginaram uma pessoa velando toda a noite? O silêncio, o frio da
noite, o gemido do doente, as batidas do relógio!
“ Não durmo, sou como o pardal
solitário no telhado”, no versículo anterior ele fala “como a coruja das
ruínas”. A coruja é aquela ave noturna, faça frio ou chova, ela está no seu
posto de plantão. Muitas vezes tenho me sentido assim, quem me conhece sabe,
mas é exatamente nesse momento que nós sentimos o amor sublime de Jesus, que
não se importa com a nossa pequenez, a nossa insignificância, o nosso quase
nenhum valor, como o pardal, mas nos aconchega nos ampara e nos protege.
Ainda o salmista no Sl.84 diz: “A
minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha
carne exultam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa...” Que maravilhoso
saber que na presença do nosso Deus podemos encontrar abrigo e esconderijo
perfeitos.
“ Até o pardal encontrou casa...”.
esta verdade nos motiva a passar pelos desertos e vales de Baca, (vale de
lágrimas, vale das lamentações, vale árido e vale das balsameiras) sabendo que,
ainda que o tempo está nublado, as noites estejam escuras , sua voz
sussurra aos nossos ouvidos: Não estás só, eu estou contigo! Eu sofri toda a
carga do abandono e da solidão para que não te sentisses solitária!
Quando lemos que ele clamou: Elí,
Elí, lamá sabactâni! Ou seja, Deus meu, Deus meu por que me desamparaste! Jesus
estava sentindo o peso da nossa culpa e segundo o profeta Isaías, ele tomou
sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. Is.53:4ª.
Esse era o peso do abandono e da solidão.
Não podemos permitir que
nenhuma colheita daninha se aloje nos nossos corações. É evidente que colhemos
o que semeamos ou plantamos, mas a erva daninha se colhe mesmo sem plantar,
regar ou cuidar. Ela é uma “penetra” na nossa plantação, e se apresenta em forma
de sentimentos negativos como: tristeza, sentimento de abandono, solidão,
angústia. O nosso coração deve ser depósito das suas promessas e essas
promessas não têm tempo de validade. Esse odre (coração) deve estar sempre
abastecido da água salutar, da palavra de Deus, e assim vamos caminhando, e
enquanto caminhamos o Espírito Santo vai abastecendo o nosso odre. Lembro que
quando Agar se despedia, fugindo da sua patroa Sara, com seu filho Ismael
para o deserto peregrinar, Abraão deu-lhe um odre com água e pão. Acostumado
com o deserto, ele sabia que sem esses dois elementos, era impossível
sobreviver. Vemos que o problema de Agar começou não, com o frio do deserto ou
com o sol inclemente, com as tempestades de areia ou os escorpiões, mas o
problema de Agar ocorreu quando o odre secou. Levantemos o nosso ânimo, não
mais como um pardal solitário, mas na segurança de que Ele está conosco, não
estamos sós. “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se
encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido (de Baca),
faz dele um manancial.” Sl.84:5,6ª. Deus seja louvado!
É necessária a fé, ou seja, a graça que justifica, na qual um homem aprende a pisar aos pés as coisas próprias, negar-se a si mesmo e ser inimigo de sua alma.
ResponderExcluirÉ necessário nos momentos difíceis de nosas vidas termos animo foi Jesus mesmo quem falou no mundo tereis aflição mas tende bom ânimo
ResponderExcluirQue meditação maravilhosa!!
ResponderExcluirNos leva em várias etapas e situações das nossas vidas, mas nos dando a certeza que Ele sempre estará conosco, na bonança, no deserto ou no Vale. Ele será nosso fiel companheiro nos fazendo sentir em um manancial independente das circunstâncias.
Flexão maravilhosa 🙏
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