domingo, 18 de novembro de 2018

REFLEXÃO: O CARÁTER APROVADO



"Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas"; Pr.22:1a.


Muito se tem ouvido, lido e visto nos canais de TV, a respeito de cristãos envolvidos em negócios escusos, atitudes e comportamentos incorretos. A sociedade critica, porque ela sabe que tais procedimentos não condizem com um verdadeiro crente, servo de Deus.

O versículo que usei no início tem muito a ver com o nosso caráter. Ao darmos o nosso primeiro passo para Jesus, o fazemos trazendo conosco uma carga pesada, bagagem valiosa para nos, mas que não se molda aos principios biblicos, dentre outras coisas, o nosso caráter. Ele precisa ser trabalhado e tratado porque é formado por um conjunto de hábitos adquiridos e desenvolvidos ao longo do tempo, e que influenciam na nossa vida.
A Bíblia nos da referencias de homens cujo caráter é identificado de formas diversas. Jacó teve falhas em seu caráter: enganou o irmão, o pai, o sogro e somente quando teve o encontro com o anjo, e foi tocado por ele no Vale de Jaboque, que a sua vida mudou, daí passamos a ver um novo homem com decisões e atitudes que demonstravam um caráter aprimorado. A Bíblia nos fala também do Apóstolo Paulo, cujo caráter era digno de ser imitado, ele disse: Sede meus imitadores, como também sou de Cristo. I Co.11:1.
Ao caráter acompanha a reputação, que é o que as pessoas dizem, testemunham a nosso respeito. 
Mais vale um bom nome... Ha pessoas que por motivos vários ficam com seus nomes "sujos", porem o caráter delas, não as deixam tranquilas e elas buscam formas e maneiras para limparem os seus nomes, isso é louvável. Alguém ganha um prêmio, e ao ser interrogado de como vai aplicar o dinheiro responde: Vou primeiro pagar umas dívidas! Essa atitude revela o caráter que essa pessoa tem. O crente nascido de novo, deve zelar por isso e manter-se nivelado com a Palavra de Deus que diz: A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros. Rm.13:8 As nossas atitudes, boas ou más, os nossos valores, revelam o nosso caráter e falam a respeito de nós; por isso é preciso vigiar, porque não basta fazer o certo com uma motivação errada.
Na Bíblia temos o exemplo de dois homens, sendo um, o oposto do outro, Sansão e José. O primeiro, mesmo tendo um compromisso com Deus como nazireu, não valorizou o seu chamado, enquanto o outro, José, em tudo foi aprovado como um homem cujo caráter glorificava a Deus. O seu caráter falou mais alto.
As riquezas estão por aí, as oportunidades e as tentações também, mas o nosso bom caráter deve ser a nossa cerca de proteção que revela o nosso "bom nome". O mundo sabe fazer a diferença entre aquele que serve a Deus, e aquele que não serve, quanto a isso até os demônios nos conhecem, nos respeitam e dão referencia de nos. Quando os filhos de Ceva invocavam o nome de Jesus na libertação de pessoas possuídas por espíritos imundos, o próprio Maligno disse: Conheço a Jesus e sei quem e Paulo; mas vós quem sois? 
Vivamos de tal maneira que o nosso procedimento nos permita olhar nos olhos de Jesus. Deus seja louvado!

Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha 






A FIGUEIRA PLANTADA NA VINHA

 São Lucas 13:6-9 “... Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e, vindo procurar fruto nela, não achou...

Nesta leitura Jesus profere uma parábola em que um homem planta uma figueira em sua vinha. Mesmo plantada em meio às parreiras, ela cresce e torna-se frondosa, porque ela recebia todos os adubos e nutrientes necessários para se desenvolver e frutificar, mas, a grande decepção foi que ela não deu fruto.
Essa figueira é um símbolo de Israel a quem Jesus dedicou três anos do seu ministério, visando torná-la uma nação judaica frutífera, mas, o resultado foi uma total decepção e rejeição. “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam.” Jo. 1:11
Essa figueira também representa a igreja do Senhor, Deus investiu nela e espera que ela dê frutos que glorifiquem o Seu Santo Nome. Nós como igreja, temos tudo para frutificar, temos a Palavra e o Espírito Santo que permanece conosco e em nós.
A esterilidade é um mal que precisamos combater, os seus sintomas são visíveis como: o comodismo, a permanência na nossa zona de conforto, o descaso ao “IDE” do Senhor, a não perseverança em nossos propósitos etc. Temos em Jesus um grande exemplo, Ele trabalhou duramente na carpintaria de seu pai, e apesar da dureza do trabalho, perseverou, porque havia um propósito na Sua vida. Sejamos perseverantes nos nossos propósitos, porque todo projeto no reino de Deus enfrenta provas e oposições. Sabendo disso, vamos perseverar até alcançarmos o nosso objetivo.
Além de não dar frutos, o problema da figueira era manter a aparência de tê-los. Mesmo não sendo época dos figos, ela aparentava tê-los. Quando as figueiras ficavam frondosas era exatamente porque tinham os frutos, ela, entretanto, não os tinha.
Jesus não está interessado na aparência, na beleza exterior, Ele quer ver frutos em nós.
Uma igreja, ou um cristão que não produz frutos se torna irrelevante para o mundo. Jesus disse: Dai-lhes vós de comer. Se não temos nada para oferecer, a nossa vida se torna sem propósito. 
Na outra parábola da figueira que secou desde a raiz, isso aconteceu exatamente porque a sua vida não tinha mais razão de existir.
A decisão do dono da figueira que ao procurar frutos nela por três anos não encontrou, foi radical: Corta-a! O vinhateiro intercedeu dizendo: Deixa-a por mais um ano. É exatamente isso que o Espírito Santo faz por nós, Ele intercede com gemidos inexprimíveis. O prazo foi concedido: Um ano mais!
Hoje, muitos cristãos estão vivendo nesse prazo, o ano da longanimidade de Deus. Jesus disse: Eu sou a videira verdadeira, vós os ramos, ou galhos. Se observarmos bem, os frutos não estão nos troncos das árvores, (com raras exceções) mas nos ramos. Os nossos frutos devem ser dignos de arrependimento, ou seja, dignos do investimento que Jesus fez por nós.
Não sejamos como aquela figueira linda plantada na vinha, mas que não dava frutos, ou como aquela frondosa e atraente à beira do caminho, mas, que de igual modo era estéril. Elas ilustram aquela pessoa que tem aparência de cristã, mas não é, fala como cristã, mas não é, canta e ora como cristã, mas não é cristã. Como está escrito “nem todo que diz: Senhor! Senhor! entrará no reino dos céus”. Se nos aproximarmos dela, e a observarmos, veremos que nada tem, não tem frutos, é só aparência.
Nesta Dispensação, o Espírito Santo está torcendo e intercedendo por nós, e dando-nos ainda suporte para que frutifiquemos. “Não foste vós que escolhestes a mim, mas eu vos escolhi e vos nomeei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça.” Jo.15:16
Deus nos está dando uma nova chance, vamos aproveitá-la! Deus seja louvado!

Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha





O VINHO QUE EMBRIAGA





E não vos embriagueis com o vinho, em que há contendas  mas enchei-vos do Espírito Santo”. Ef.5:18

Muitas pessoas são apreciadoras de um bom vinho. Outros o  tem como uma profissão, são os Sommeliers,  degustam  o  vinho para classifica-lo. Outros possuem uma adega em sua casa, onde estão os vinhos das safras mais antigas, feitos das melhores uvas colhidas e selecionadas. Mas existem outros que são grandes colecionadores  com exemplares muito valiosos, e eles  têm satisfação de exibi-las aos amigos.

O Apóstolo Paulo vivia em uma região de grandes vinhedos onde as pessoas colhiam as uvas  do seu plantio, e faziam  o vinho, geralmente para o consumo da família.
Ao citar o versículo acima, o Ap. Paulo se referia a outro tipo de vinho, ele fazia uma analogia do vinho costumeiramente usado e conhecido nas rodas dos amigos, ao outro vinho, igualmente viciante e  com resultados similares.
Citaremos alguns deles: O Vinho da SOBERBA, esse vinho também produz um efeito devastador na vida daqueles que o consomem. Existiu um anjo de luz que se ensoberbeceu de tal forma que, embriagado desse vinho, sentiu-se igual a Deus. Ele era responsável pelo louvor e adoração ao Santíssimo, porém, a sua embriaguez o levou à ruína, terminando por ser deposto do cargo que tinha e por fim, expulso do céu.
Há  uma outra marca de vinho que também produz um efeito colateral terrível em especial na família e outras áreas da sociedade. É o Vinho da INFIDELIDADE, quando os efeitos desse vinho alcança o reduto familiar, destrói as suas bases, destrói relacionamentos que pareciam sólidos, anula o diálogo entre pais e filhos, acaba com as boas amizades e abala as finanças. As pessoas que degustam o vinho da INFIDELIDADE  traem o cônjuge,  o amigo, a confiança do seu chefe, a confiança dos pais etc. Uma tremenda perda porque desfaz tudo que foi construído com carinho e amor.
Judas Iscariotes foi um exemplo nefando, resultado dessa embriaguez,  traiu o seu líder, companheiro e amigo que tanto confiava nele, ele traiu JESUS,  e por isso sofreu as consequências do seu erro, e o seu final foi a morte.

Citaremos o vinho do ORGULHO, sentimento de  achar-se melhor ou superior aos demais: o orgulho de raça, de cor, de classe social, cultura, pertenciamento à família ilustre etc. É um vinho que cega as pessoas que o consomem. A Bíblia ensina que devemos  considerar as pessoas melhor ou superior a nós mesmos. Nesta vida estamos em uma fase de crescimento e aperfeiçoamento, fomos chamados para servir, logo, somos servos, e quem é servo, não é grande, e quem  é  grande, não é servo. João nos deu um lindo exemplo: ”Convém que Ele cresça e que eu diminua.” Grande, só  JESUS, e ele se fez  servo,  e mesmo sendo Filho de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas se  humilhou ao ponto de sofrer morte, e morte de cruz, que naquela época era a morte mais vergonhosa.

Existe outro vinho, igualmente prejudicial, é o vinho da CONTENDA, esse vinho tem um efeito tão maléfico, que o próprio Deus o abomina. Segundo Pv.6:16 Seis coisas o Senhor aborrece e a sétima ele abomina, o que semeia CONTENDA entre os irmãos. Esse vinho é compartilhado de diversas formas, a mais comum é a criação de pequenos grupos, as  famosas “ panelinhas”, e enquanto tomam o vinho, sai a vida do irmão (ã), as críticas, a vida dos líderes ou daqueles que estão empenhados em fazer algo para Deus. Esse vinho da CONTENDA não somente destrói,  mas mata os viciados.

Citaremos a ultima marca de vinho, o vinho da MENTIRA, é incrível, mas é o mais comum. Há pessoas que só não mentem quando estão comendo ou dormindo. Os viciados no vício da MENTIRA necessitam de libertação, a “tenaz com brasa viva” precisa ser tocada nos seus lábios, porque  mentem para justificar-se de um atraso em uma reunião, um esquecimento num compromisso, criam doenças e matam até parentes, desde que se livrem e se sintam confortáveis. O pai da mentira é o diabo, e nós não estamos aqui para fazer a sua vontade. Deixemos que o Espírito Santo trabalhe em nossas vidas, limpando-nos  de todas essas bagagens  malignas. Os vinhos citados escravizam, Deus quer que sejamos livres e cheios do Espírito Santo. Ao estarmos cheios de algo, se subentende que não há espaço para mais nada, é assim que Deus nos quer ver, abastecidos da plenitude de Deus. Quando estamos cheios do Espírito Santo todo o nosso ser transborda da graça de Deus. Ser cheio do Espírito Santo é estarmos com nossos pés na terra e a nossa cabeça no céu! Deus seja louvado!

Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha







COMO PARDAL SOLITÁRIO NO TELHADO

Essas palavras se  encontram  registradas em Sl.102:7. O salmista exprime o estado de aflição que estava passando, derramando a sua alma perante o SENHOR, dizia mais: ‘Sou como o pelicano no deserto, como a coruja das ruínas”.  Lendo o livro TU ESTAS COMIGO de Eurides Obalski, ela detalha o tipo físico  do pardal, como uma ave totalmente frágil,  pequeno porte (14 a 16 cm), bastante comum, considerada vulgar e uma das menos importantes. Era assim que o salmista se considerava naquele momento de fragilidade. Todos, enfrentamos momentos críticos, como um problema na família, uma situação econômica difícil, um quadro de enfermidade  etc.
Podemos estar cercados de pessoas que nos demonstram amor e carinho e no entanto sentimos que estamos sós, o sono foge , a noite se torna longa, as horas não passam.  Essa situação nos faz entender o quão frágeis e débeis somos, como o pequeno pardal. Conhecemos o SENHOR, amamos o SENHOR, isso é muito importante, mas a nossa fragilidade humana, permanece em nós. Complementando o versículo o salmista ainda disse: “Não durmo.”... Já imaginaram uma pessoa velando toda a noite? O silêncio, o frio da noite, o gemido do doente, as batidas do relógio!
“ Não durmo, sou como o pardal solitário no telhado”, no versículo anterior ele fala “como a coruja das ruínas”. A coruja é aquela ave noturna, faça frio ou chova, ela está no seu posto de plantão. Muitas vezes tenho me sentido assim, quem me conhece sabe, mas é exatamente nesse momento que nós sentimos o amor sublime de Jesus, que não se importa com a nossa pequenez, a nossa insignificância, o nosso quase nenhum valor, como o pardal, mas nos aconchega nos ampara e nos protege.
Ainda o salmista no Sl.84 diz: “A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo. Até o pardal encontrou casa...” Que maravilhoso saber que na presença do nosso Deus podemos encontrar abrigo e esconderijo perfeitos.
“ Até o pardal encontrou casa...”. esta verdade nos motiva a passar pelos desertos e vales de Baca, (vale de lágrimas, vale das lamentações, vale árido e vale das balsameiras) sabendo que, ainda que o tempo está nublado, as noites estejam  escuras , sua voz sussurra aos nossos ouvidos: Não estás só, eu estou contigo! Eu sofri toda a carga do abandono e da solidão para que não te sentisses solitária!
Quando lemos que ele clamou: Elí, Elí, lamá sabactâni! Ou seja, Deus meu, Deus meu por que me desamparaste! Jesus estava sentindo o peso da nossa culpa e segundo o profeta Isaías, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si. Is.53:4ª. Esse era o peso do abandono e da solidão.
Não podemos  permitir que nenhuma colheita daninha se aloje nos nossos corações. É evidente que colhemos o que semeamos ou plantamos, mas a erva daninha se colhe mesmo sem plantar, regar ou cuidar. Ela é uma “penetra” na nossa plantação, e se apresenta em forma de sentimentos negativos como: tristeza, sentimento de abandono,  solidão, angústia. O nosso coração deve ser depósito das suas promessas e essas promessas não têm tempo de validade. Esse odre (coração) deve estar sempre abastecido da água salutar, da palavra de Deus, e assim vamos caminhando, e enquanto caminhamos o Espírito Santo vai abastecendo o nosso odre. Lembro que quando Agar se despedia,  fugindo da sua patroa Sara, com seu filho Ismael para o deserto peregrinar, Abraão deu-lhe um odre com água e pão. Acostumado com o deserto, ele sabia que sem esses dois elementos, era impossível sobreviver. Vemos que o problema de Agar começou não, com o frio do deserto ou com o sol inclemente, com as tempestades de areia ou os escorpiões, mas o problema de Agar ocorreu quando o odre secou. Levantemos o nosso ânimo, não mais como um pardal solitário, mas na segurança de que Ele está conosco, não estamos sós. “Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração se encontram os caminhos aplanados, o qual, passando pelo vale árido (de Baca), faz dele um manancial.” Sl.84:5,6ª. Deus seja louvado!

Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha 


ELE PERMANECE FIEL


     Eis a história de Noé. "Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé.  A terra estava corrompida à vista de Deus e cheia de violência. Viu Deus a terra, e eis que estava corrompida porque todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra". Gn.6:9-12


Estava meditando, após ler algo a respeito de Noé, filho de Lameque, neto de Matusalém, bisneto de Enoque e tataraneto de Jarede. Que genealogia abençoada formada por homens que se destacavam pela fidelidade a Deus.  Uma geração totalmente comprometida e amiga de Deus.  
A Bíblia diz que, ainda que sejamos infiéis, Ele permanece fiel. Vemos e ouvimos nos periódicos ou nos informes televisivos os diversos tipos de infidelidade: ao cônjuge, aos pais, aos amigos e também aos patrões, e observamos que as consequências são cruéis.
A infidelidade a Deus também têm consequências graves e até fatais. Poderíamos citar algumas, mas queremos nomear um exemplo positivo. O exemplo de Noé, cujo nome tem o significado, “Consolação”. Ele teve um lar que o motivou e forjou o seu caráter de forma extraordinária, ele era um homem justo e íntegro, ou seja, correto e sincero. (Gn.6:9ª). Essas qualidades o levaram a uma sábia  opção de vida: Andar com Deus! (Gn.6:9b)
Ao lermos a respeito dessa escolha de viver a vida, podemos pensar: Naquele tempo a vida era diferente dos tempos agitados que vivemos hoje ,  na verdade,  se continuamos na leitura do livro de Genesis vamos ver que a sociedade da época era corrupta e violenta (Gn.6:11,12), logo, não tão diferente da que  vivemos hoje, em nossos dias. 
Andar com Deus, viver em parceria com Deus, independe da situação reinante na nossa cidade ou país, é uma opção de vida, é uma questão de se propor a ser fiel a Ele e andar na Sua presença , em santidade,  ao seu lado em comunhão e após Ele, em obediência. Foi assim que fez Daniel na Babilônia e muitos outros. 
A raça humana se distanciou tanto dos princípios sagrados, aos olhos de Deus; a maldade havia se multiplicado e todos os desígnios do coração deles eram continuamente maus, que com pesar no coração, Deus se arrependeu de haver feito o homem. (Gn,6:6) Podemos dizer que a criação do homem naquele momento foi a grande decepção de Deus, decepção total, que o constrangeu a tal ponto de dizer ao seu amigo Noé: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus; porque me arrependo de os haver feito. (Gn.6:7). Aí vem a pergunta: mas, os justos perecerão com os injustos? Pagarão o mesmo preço? De forma alguma, Deus estabeleceu a sua aliança com Noé, porque ele havia achado graça diante do Senhor. (Gn.6:8).
Deus manifestou os Seus favores ao amigo, visando a preservação da vida, da família, porque Ele tem  um carinho especial pela família. Ordenou a construção da arca, tipo de madeira, dimensão, compartimentos, etc. Noé obedeceu em tudo o que Deus falou e ordenou. O segredo da vitória está na obediência a todos os parâmetros de Deus. Ainda que aos nossos olhos pareça uma loucura, a loucura de Deus é mais sábia que a sabedoria do homem. Noé mais uma vez obedeceu, Aleluia!
Muitos pais andam queixosos e tristes pela forma como anda a família, filhos agressivos, falta de submissão aos princípios familiares, separações dos cônjuges, uma completa destruição. Quero dizer-lhes que é tempo de concertos, Deus cobra isso de nós. É a questão de perguntar: Como estou conduzindo a minha família? Estou dizendo como muitos: Faça o que te digo e não faça o que eu faço? O exemplo vale mais que mil palavras persuasivas. Ando com Deus? Sou fiel amigo de Deus como Noé? Como podemos cobrar da nossa família o que não vivemos? Para que a bênção chegue à nossa casa e aos nossos filhos, precisa passar antes por nós, chefes de família.
Finalmente, chegou o dia “D”, Deus disse: entra na arca, tu e toda a tua casa, porque reconheço que tens sido justo diante de mim no meio desta  geração. (Gn.7:1) A ordenança de Deus começa com o pai e a mãe, e depois os filhos. Deus sempre está disposto a escrever uma nova história de vida para nós, e essa história está atrelada em especial à família, história de salvação e libertação para nós e a nossa casa. Aleluia!
A fidelidade de Deus é imensurável! Estando Noé, a sua esposa, seus filhos e as esposas de seus filhos na arca, para segurança da família, Deus mesmo fechou a porta da arca. (Gn.7:16b)
Não foi um Cruzeiro brilhante, porque mesmo Deus estando com eles, as dificuldades e incomodidades foram grandes. Alguns pensam por serem cristãos não sofrerão crises, não sofrerão acidentes, não ficarão desempregados, isso é um tremendo equívoco. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”, está escrito. Já pensaram em um grupo de animais gritando: papagaio, maritaca, araras, cabra, boi mugindo? E o cuidado com a embarcação, o enjoo pelo mover das ondas, o grito das pessoas querendo ser salvas?
O cristão só vence se Jesus estiver com ele. Com Jesus a vida se torna mais leve e os problemas mais fáceis de resolver.  Em Gn.8:1, vemos que na hora de Deus tudo se resolve, e Deus lembrou-se de Noé e sua família, Ele não esquece de nós, não há cogitação para que isso aconteça, porque nós estamos registrados na sua memória eterna. A arca pousou no monte Ararat , e a ordem foi dada: Sai da arca! Depois de longos dias pisaram em terra seca, imagino que um pouco tontos, mas felizes!
Fico maravilhada da atitude de Noé como chefe de família, a primeira coisa que ele fez foi edificar um altar e ali ofereceu holocaustos ao Senhor. (Gn.8:20) Que belo exemplo,  no lar que existe um altar (altar da oração) ainda que as lutas venham, teremos forças para resisti-las. Aquele era o altar da gratidão, dizem que a gratidão é a memória do coração. Noé tinha muito a agradecer ao seu Amigo. O Salmista Davi também se fez uma pergunta diante de tudo que Deus lhe havia feito. “Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?” 


Podemos concluir que o resultado de uma vida piedosa, move o coração de Deus. Deus decidiu: Enquanto durar a terra, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite. (Gn8:22) Que lindo exemplo nos dá Noé,  homem de fé e que fez a diferença na sociedade da sua época, e essa semeadura  redundou na colheita preciosa que foi a salvação da sua família. Deus seja louvado!
Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha

INTERAGINDO COM OS PROFETAS


I
“Com efeito grandes coisas fez o SENHOR por nós; por isso estamos alegres”. Sl.126:3
Ainda que tenha lido inúmeras vezes o versículo acima citado, eu jamais pude imaginar a abrangência da expressão:"grandes coisas". Minha mente não conseguia imaginar o que era realmente grandeza.
O versículo tratava do cântico de ações de graças pela volta do cativeiro, era bom demais e para eles parecia um sonho.
A um ano recebemos como presente de uma amiga, uma viagem a Israel. Esse era um dos meus grandes sonhos. Ao aterrizarmos em Israel fiquei como quem sonha, de repente eu me via pisando nas ruas de Jerusalém, contemplando aqueles muros que são como testemunhas mudas dos fortes acontecimentos ali ocorridos. Não, eu não estava sonhando, eu estava diante da bela Jerusalém, a capital espiritual de todo judeu, ainda que para o mundo é Tela Vive.
Meus olhos se detinham em cada lugar, cada esquina, e cantarolava a canção: "Jerusalen, ciudad de los profetas", do cantor chileno, Hugo Riquelme. Minha mente recordava as profecias e tinha a sensação de ouvir os profetas repetirem aquilo que muitas vezes li, e agora os meus olhos contemplavam. Pensei, vou interagir com alguns profetas e me imaginei falando com o profeta Oseias. Repita-me, profeta Oseias o que que o sr. falou no cap.14:5 do seu livro? Ele me respondeu: "Serei para Israel como o orvalho, ele florescerá como o lírio, e lançará as suas raízes como o cedro do Líbano". Pensei na importância do orvalho no deserto, os benefícios que ele traz, umedecendo a terra seca, adubando-a e fertilizando-a para o florescimento. A Palavra de Deus é viva e eficaz, eu vi o deserto florescido, vi flores amarelas, vermelhas, lilás e brancas, a perder de vista. Gritava dentro de mim: Profeta Oseias! Floresceu, o deserto floresceu!
Cada instante secava os olhos, porque as lágrimas não me deixavam em paz, e sussurrava:Obrigada, SENHOR!
Os cachos de banana não tinham pintas escuras, eram amarelo ouro, as romãs e as laranjas, lindas e enormes como jamais havia visto. Pensei no profeta Isaías. Profeta Isaías! O que foi mesmo que o sr. escreveu no cap.43:19-21? Ele me respondeu:" Eis que faço coisa nova, que está saindo à luz; porventura, não o percebeis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo. Os animais do campo me glorificarão, os chacais e os filhotes de avestruzes; porque porei águas no deserto e rios, no ermo, para dar de beber ao meu povo, ao meu escolhido, ao povo que formei para mim, para celebrar o meu louvor". Quando Deus fala, ele cumpre, porque não há engano na sua boca. Israel é um milagre de Deus que a cada dia vê cumpridas as profecias, que o tornam como um relógio a marcar aceleradamente a volta de Cristo Jesus. Esse é o anelo da Igreja, o Israel espiritual, que tem um olho em Israel e o outro nas profecias. Lembrei-me também de Davi. Rei Davi, o que o sr, escreveu no seu canto de romagem em Sl.122:3-6? Ele me respondeu: Foi o seguinte: "Jerusalém, que estás construída como cidade compacta, para onde sobem as tribos, as tribos do SENHOR, como convém a Israel, para renderem graças ao nome do SENHOR. Lá estão os tronos de justiça, os tronos da casa de Davi. Orai pela paz de Jerusalém! Sejam prósperos os que te amam". Glória a Deus! Eu estou sob essa promessa!
Concluo essa breve meditação recordando aquele hino de louvor escrito pelo profeta Isaías 12:5,6: "Cantai louvores ao SENHOR, porque fez coisas grandiosas; saiba-se isto em toda a terra. Exulta e jubila, ó habitante de Sião, porque grande é o Santo de Israel no meio de ti". Deus seja louvado!
 Pra. Rosa Maria Ferreira Cunha