domingo, 23 de setembro de 2012

O TRIUNFO DO AMOR



Os capítulos 52 e 53 do livro do profeta Isaias, retratam um dos quadros mais belos da Bíblia. Trata-se do amor de Deus na sua manifestação mais sublime: como pasmaram muitos à vista dele, pois seu parecer estava tão desfigurado, mais do que outro qualquer. (52:14) Mas Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades: o castigo que nos trás a paz estava sobre Ele e pelas suas pisaduras fomos sarados (53:5). 

Diz-se que a narrativa desses dois capítulos é tão vívida nos pormenores que quase se diria ter estado Isaías ao pé da cruz; os fatos são tão claros que ele colocou a narrativa no passado como se já houvesse acontecido. É bom esclarecer que o livro do profeta Isaias foi escrito cerca de 700 anos antes do Calvário. 


Só mesmo a ação direta do Espírito Santo poderia fazer com que fosse montado todo o cenário do Calvário para o Triunfo do Amor. O próprio profeta Isaías já vaticinava no capítulo 9 a respeito do advento do Messias, e no versículo dois diz: “O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz.” Ele acompanha desde a anunciação até ao Calvário onde culminaria a ação máxima do Triunfo do Amor. 

Voltando a falar da trajetória de Jesus, nós podemos dizer que ele sabia da sublimidade de sua missão, no entanto, esperou pacientemente o cumprimento do tempo de Deus, o Pai, como diz Paulo em Gl.4:4,5 “Mas vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos”. Isso é amor! 


O jovem Galileu enquanto aguardava o tempo do Pai exercia as suas funções na carpintaria: cortando paus, serrando madeira, fazendo cadeiras, bancos, mesas etc. Tinha as suas mãos calejadas pela dureza do trabalho que era totalmente artesanal, por isso mesmo Isaías 53:3 Diz:”...homem de dores experimentado nos trabalhos...”. O povo que vivia no bairro não o conhecia, os que compravam seus móveis, não o conheciam, até que um dia ele fecha a carpintaria, joga o seu manto sobre os ombros e caminha ao Jordão, ali no ato de cumprimento de toda a justiça de Deus, ele teve o testemunho do Pai: “Este é o meu Filho Amado, em que tenho prazer”. 


Trinta anos de idade, três anos de ministério. Dez anos de preparação para cada ano de ministério; amado por muitos, perseguido por outros, porém nada e ninguém podem impedir o Triunfo do Amor. O ministério de Jesus teve a sua marca registrada: o Amor. 


Vivemos hoje em uma época de grande desamor, a maior crise que o mundo atravessa não é a pobreza, não é a fome, é a falta de Amor. Por que há tanta guerra? Ataques terroristas? Mortes? Por quê os interesses políticos, econômicos e até sociais afloram tão veementementes? É a falta de Amor. “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.”(l Co. 13: 7 ) 


Hoje se mata até em nome de Deus, da religião, da liberdade, da paz, mas a religião de Jesus, que ele ensinou e viveu foi o Amor, e quem ama não mata. Enquanto os homens matam os seus inimigos, Jesus morreu por eles. “PORQUE Deus amou ao mundo de tal maneira que deu Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo. 3: 16 Isto é fazer triunfar o Amor que foi derramaUdo em nossos corações através de Cristo Jesus.


Na oração sacerdotal Jesus disse: "E glorifiquei-te na terra  tendo consumado a obra que me deste a fazer” Jo. 17: 4. Ele consumou a Obra dando o grande brado na cruz: Está consumado. Toda a terra se abalou, o sol escureceu, mortos ressuscitaram pela força daquele brado. Os que estavam ao pé da cruz, inclusive o centurião, ficaram assustados porque nunca tinham visto um homem morrer tão cheio de vida. Era o Triunfo do Amor. Após três dias , o mesmo Jesus ressuscitou com poder e grande glória, para que nós os beneficiários de tão grande sacrifício vivêssemos de triunfo em triunfo e de vitória em vitória , semeando o Amor, a União e a Paz. SHALON ADONAI!
Rosa Maria Cunha

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

REFLEXÃO DE KAREEN GIOVANA F. CUNHA MAGALHÃES


Hoje pela manhã, a caminho da Embaixada, enquanto enfrentávamos o trânsito pesado da EPTG, me encantei observando os ipês floridos... amarelos, cor-de-rosa, brancos... todos incrivelmente lindos! Como essas árvores poderiam ficar tão lindas e floridas em um tempo tão seco como este em Brasília? Só mesmo por uma pré determinação de um maravilhoso Criador, que através de pequenas coisas nos traz grandes lições. 

Pesquisei no Wikipédia sobre essa espécie de árvores e duas características dela me chamaram a atenção: Quanto mais frio e seco for o inverno maior é a intensidade da sua florada, e, suas raízes de sustentação e absorção são vigorosas e profundas.

Nesse tempo prolongado de sequidão em Brasília, seca-se a pele, o cabelo, seca-se a erva e todos ficamos ansiosos pela chegada dos primeiros dias de chuva que nos trazem um novo clima, um novo alento e uma nova cor. 

Podemos comparar os dias de seca em Brasília, aos dias difíceis em nossas vidas. Tempo de lutas, tempo de dores, tempo de caminhada dura. Quando seca-se a alma, a fé e os sonhos. Tempo em que nos sentimos como a própria terra seca que anseia pela chuva. Muitas vezes esse período de sequidão se prolonga tanto em nossas vidas que parece murchar até mesmo as esperanças de uma primavera. Ficamos como o povo levado cativo à Babilônia, nem canção há mais em nossos lábios. Como seria possível alegrar-se em tempos difíceis? Como seria possível florescer em dias tão secos? 
Em Salmo 92, versículo 13 diz: "Os que estão PLANTADOS na casa do SENHOR florescerão nos átrios do nosso Deus". Essa é a receita! Vejam o quanto isto é importante. Para que uma árvore esteja plantada é necessário que tenha raízes, pois são elas que dão sustentação à árvore e transmitem os nutrientes necessários ao tronco, galhos e folhas. Para florescer, nós também precisamos estar arraigados à presença de Deus recebendo o alimento necessário, o ensinamento das Escrituras que é a nossa água. A palavra do Senhor diz que os que tem prazer n’Ele são como árvores plantadas junto a corrente de águas. São essas águas, é a Sua palavra que manterá viva a nossa esperança mesmo em dias de estiagem, quando tudo afora parecer seco e sem vida. E não é uma questão de otimismo, mas de esperança viva, real! Há uma frase de Rubem Alves que diz “esperança é o oposto do otimismo. Otimismo é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro. Esperança é quando, sendo seca absoluta do lado de fora, continuam as fontes a borbulhar dentro do coração.” Eu diria que essa fonte é a Palavra do Senhor! Essa era a fonte que borbulhava no coração de Habacuque e o permitia declarar “Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide, o produto da oliveira minta e os campos não produzam mantimentos... Todavia eu me alegrarei no Senhor. Exultarei no Deus da minha salvação!” 
Em Isaías 35 Ele diz “o deserto e o lugar solitário se alegrarão; e o ermo exultará e florescerá como a rosa. Abundantemente florescerá, e também jubilará de alegria e cantará”. Temos promessas do Senhor. Apeguemo-nos a cada uma delas e floresceremos o ano inteiro! Beijos!!

domingo, 16 de setembro de 2012

COLECIONANDO PÉROLAS


 “Outrossim o reino dos céus é semelhante ao homem, negociante que busca boas  pérolas; E, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha, e a comprou.” Mt.13: 45, 46
          As pérolas sempre foram amadas, veneradas e desejadas durante toda a história da  civilização; elas representavam poder e riqueza. Quando criança eu gostava de ouvir muito a respeito dos piratas dos mares. Homens que navegavam em grandes barcos em busca de tesouros que podiam estar até mesmo no fundo do mar. Eles sonhavam em encontrar um baú cheio de ouro e pedras preciosas, dentre elas as belíssimas e valiosíssimas pérolas.
          A Bíblia se reporta a esta pedra preciosa, comparando o seu valor ao Reino dos céus em que um negociante ou comprador dessa riqueza, ao encontrar uma de grande valor, vai , vende tudo que tem para adquiri-la. Isso nos mostra o valor de uma pérola. Para alcançarmos o Reino dos céus é preciso atitude, determinação e investimento; abrir mão de coisas secundárias desta vida como: prazeres pecaminosos, posição social, status etc. para alcançá-lo.      A pérola é fruto  do sofrimento de um molusco, chamado ostra; como pode o sofrimento, e a prova, gerar riqueza? A pérola é a única jóia feita de dor, sofrimento e morte. Interessante é, que o sofrimento como um simples grão de areia se transforma em uma jóia de grande valor . Esse animal tão pequeno é o protagonista deste exemplo; ocorre quando ela é atacada por invasores externos como um grão de areia ou certos parasitas que perfuram a concha e penetram no seu interior chamado manto, produzindo grande irritação, dor e incômodos. Começa então uma grande batalha, ela se defende produzindo uma secreção chamada nácar (carbonato de cálcio) ou Madri-pérola que lubrifica o grão de areia, aliviando o seu sofrimento, esse processo é repetido várias vezes e cada vez a secreção vai aderindo ao grão de areia que vai crescendo, crescendo formando uma linda pérola. A irritação, e esse processo da secreção pode durar até 8 anos e a pedra estará pronta de forma natural. Certa vez Jesus disse: “...No mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo, eu venci o mundoJo. 16: 33 Ele nos estava dizendo que os apertos e sofrimentos viriam a fazer parte da nossa vida, mas de modo nenhum nós estaríamos sós, pois Ele venceu por nós. Ao invés de reclamarmos, vamos colecionar pérolas, pois o Espírito Santo irá lubrificando os agentes externos que nos causam sofrimento até que belas pérolas sejam formadas enriquecendo o nosso tesouro. Não nos deixemos escravizar permitindo que alguém  ou algum demônio nos oprima causando-nos tristeza e depressão; a cruz , faz parte da nossa vida cotidiana; não existe cristão sem cruz, porém graças ao Pai que temos também um Cirineu que nos ajuda a levá-la, o Espírito Santo. Não ganhamos nada reclamando da vida, reclamar é andar para trás; o melhor é aumentarmos o nosso tesouro colecionando mais pérolas. Há um hino que diz: Não desanimes por ser tua cruz, maior que a do teu irmão. A mais pesada levou teu Jesus, te consola então.
          Se queremos colecionar pérolas precisamos atentar para o que Paulo diz em Rm. 12:12ª “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação...” Precisamos valorizar a nossa salvação, ser candidato ao Reino dos Céus, tem um valor incalculável, preço de Sangue, como a boa pérola para o negociante. Que importante exemplo a ostra nos dá transformando o mal em bem, assim devemos fazer.
           O sonho das damas da sociedade era possuir um colar de pérolas embelezando o seu colo. Que o mundo veja que temos um tesouro escondido conquistado com a ajuda de Deus e do Espírito Santo. Glória a Jesus!  
 Rosa Maria Cunha.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O VALOR E AS CONSEQUÊNCIAS DE UM OLHAR


          “Para ti que habitas nos céus, levanto os meus olhos. Eis que como os olhos dos servos atentam para as mãos dos seus senhores, e os olhos da serva para as mãos da sua senhora, assim os nossos olhos atentam para o Senhor nosso Deus...” (Sl. 123.2)
          Este era um dos cânticos que os peregrinos  cantavam a caminho das festas de Jerusalém; os peregrinos erguiam os olhos para Deus em oração. Um olhar sempre determina aprovação ou desaprovação. Isso me transporta para a minha infância de quando mamãe nos controlava com o olhar. Havia momentos em que aquele olhar nos condenava, nos deixava completamente tristes pois sabíamos que mamãe ia conversar seriamente conosco. Nós vamos observar O Valor e as Conseqüências  de um Olhar dentro da Bíblia.
          Gn.24: 63-65 nos fala a respeito de Isaque  que esperava ansioso  a jovem que Deus escolhera para ser sua esposa. Deus sempre nos surpreende  e surpreendeu o jovem Isaque  porque naquela caravana  de camelos vinha Rebeca a jovem dos seus sonhos e que já havia sido escolhida pelo olhar do PAI para sua esposa. Diz a Bíblia que  Isaque ao vê- la  a amou.
           Os nossos olhos são as janelas da nossa alma, eles precisam passar pela ótica de Cristo para que sejam direcionados sabiamente. Em (Jz. 16.4) nós lemos sobre  as conseqüências  funestas do olhar de um jovem que tinha tudo para ser  um vencedor, esse jovem foi Sansão, pois tinha compromisso com Deus, porém não vigiou, e ao olhar Dalila, a paixão dominou o seu coração, o jovem dominador foi dominado; aquele que pôs fogo na seara dos filisteus usando 300 raposas, não vigiou e uma raposinha ficou presa no seu coração, era uma filistea pagã inimiga do povo de Deus; é necessário cuidado com o jugo desigual. Existem conseqüências desastrosas  para quem se detém a olhar o proibido.  A Internet precisa ser olhada com muito cuidado  para não haver queda moral, espiritual e até mesmo abalo familiar.
          A Bíblia  fala de um rei  que foi traído pela sua curiosidade olhando uma dama que se banhava, ele se chamava Davi (2 Sm. 11:2)    As conseqüências desse  olhar proibido custou-lhe  vergonha, e sofrimento moral e espiritual ao rei Davi, porque como está escrito, um abismo chama outro abismo o mal se alastrou chegando ao assassinato. A misericórdia de Deus para ele veio através  do sacerdote Natã que levou-o a reconhecer o seu erro e se arrepender dos seus pecados para receber perdão e restauração.
          At. 3.4 nos relata a respeito de um coxo que se assentava á porta do templo Formosa para mendigar, um dia entravam no templo Pedro e João que se dirigiam a oração da hora nona. Ao pedir-lhes uma esmola, Pedro lhe disse olha para nós. Aquele olhar teve uma conseqüência feliz porque ouviu: Não tenho prata nem oro, mas o que tenho te dou. Em nome de Jesus de Nazaré, levanta e anda. Ele foi curado e ainda entrou no templo saltando e louvando a Deus. Aleluia!.   
           Nm. 21: 8, nos revela o olhar que  trouxe como conseqüência, vida. Os israelitas  após blasfemarem contra Deus e contra Moisés  a ponto de dizerem: A nossa alma tem fastio deste pão vil... em conseqüência Deus mandou-lhes serpentes  abrasadoras  como castigo, que mordiam  os israelitas e eles morriam. O povo foi até Moisés pedindo-lhe que intercedesse a Deus em favor deles. Deus ordenou que uma serpente de bronze fosse colocada em uma haste, e os feridos  ao olharem pra ela seriam sarados. A serpente era uma figura de Jesus que ao ser levantado na cruz do Calvário trouxe salvação a todos os homens. Ele disse: E eu quando for levantado da terra, todos atrairei a mim. Jo.12: 32 Esse olhar trouxe cura e vida.
          Concluindo esta meditação, não podemos esquecer-nos do olhar que mudou a vida de um homem ferido pela sua consciência (Lc. 22.61)  Pedro estava sofrendo peso de consciência por haver negado a Jesus, mesmo tendo sido avisado.  Jesus foi preso, Pedro de longe acompanhava os acontecimentos enquanto aquecia-se com os demais na fogueira; vieram os  acusadores, e Pedro negava, negava, negava; nesse momento o galo cantou. Volvendo-se Jesus olhou para Pedro e Pedro lembrou-se do que Jesus lhe falou. O olhar de Pedro no olhar cheio de ternura de Jesus, provocou arrependimento em Pedro que chorou amargamente.
          A quem diriges o teu olhar? Não podemos desviar o foco da pessoa de Jesus, ele disse: Olhai para mim , e sereis salvos, vós, todos os termos da terra.  Is.45: 22.
Rosa Maria Cunha