segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O PRUMO NA MÃO DE DEUS



“Mostrou-me também assim: e eis que o Senhor estava sobre um muro levantado a prumo: e tinha um prumo na sua mão.
E o Senhor me disse: Que vês tu Amós? E eu disse: Um prumo. “Então disse o Senhor: Eis que eu porei o prumo no meio do meu povo Israel”. Am. 7: 7,8

Estamos de passagem por este mundo, peregrinos somos, a cada dia enfrentamos desafios  e chegamos a perguntar: Será que Deus está me provando? Ou o que está querendo me ensinar?

Na verdade os olhos de Deus nunca se apartaram de nós; como um pai cuidadoso, ele a  cada dia quer ensinar-nos algo novo, fortalecer a nossa fé, influenciar no fortalecimento do nosso caráter cristão, e fazer-nos caminhar em retidão.

Há lições fáceis de assimilar, outras são mais difíceis, isso não quer dizer que Deus tenha prazer em ver-nos aflitos ou amargurados  para então nos ensinar lições novas, mas é fato que ele nos ensina através das turbulências que enfrentamos. Tribulações podem transformar-se em grandes lições de vida, que nos ajustam e nos nivelam segundo a sua vontade.

Amós foi um profeta de Deus no 8º  século AC. Na  terceira visão que ele teve, viu o Senhor medindo Israel com um prumo (um cordão com um pêndulo em uma das extremidades). O prumo é usado pelos construtores para manter a verticalidade das paredes.  Naquele ato revelava o exame feito por Deus sobre a conduta de Israel, pois ele havia feito uma planta original para o seu povo. Porém no exame Israel foi encontrado fora do prumo.

Em uma construção muitas ferramentas são usadas, grandes e pequenas, mas o prumo é uma das mais simples e mais baratas, mas de uma importância impar, tanto que, é a que mais se utiliza, e sem ela não se pode construir um prédio, uma casa, uma parede. Um prédio levantado sem prumo não tem segurança, fica torto, oferecendo perigo para quem está dentro ou próximo a ele, pois a qualquer momento poderá ruir.

A Bíblia é o prumo de Deus que verifica se estamos no nível ou não, ela afere  a nossa conduta, o nosso proceder. O crente que está esperando a volta de Jesus precisa estar no prumo de Deus, no nível da Palavra. Não podemos viver dos “achismos”, mas segundo a verdade, e a Palavra de Deus é a verdade. Jesus na oração sacerdotal disse: ”Santifica-os na verdade, a tua Palavra é a verdade”Jo. 17: 17

Muitos cristãos envergonham o Evangelho, seguindo a corrente do mundo, se nivelando ao mundo, se identificando com o mundo e suas paixões, levando uma vida de derrotas, com altos e baixos; porque não aceitam ser aferidos e nivelados pela Palavra de Deus. O nosso espírito, alma, e corpo precisam estar no nível da vontade de Deus.

Deus está com o seu prumo na mão, sobre um muro levantado a prumo, segundo a visão; isso fala de segurança, firmeza. Qual seria o resultado se fossemos examinados pelo prumo de Deus? É uma boa pergunta; cada um examine-se a si mesmo, e responda para si mesmo. Se o prédio está torto, vamos derrubá-lo ou implodi-lo, reconstruindo-o pela planta original com o prumo de Deus. Prédio reconstruído, decoração se faz necessária: o amor, o perdão, a misericórdia, a bondade, a benignidade etc. O mundo está carente destas virtudes, e quem lhes poderá oferecê-las? Nós, como povo escolhido de Deus.

Breve Jesus voltará para levar o seu povo, estarão de fora os que estão fora do prumo e não queiram ser reedificados. Ainda é tempo, “Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte. 1 Pe. 5: 6   
Shalon Adonai.
                                    Rosa  Maria Cunha    ( rosamariacunha2012.blogspot.com.br )

domingo, 7 de outubro de 2012

O ATLETA CRISTÃO


  Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.  E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa incerta: assim combato, não como batendo no ar.”   1 Co. 9: 24- 26
Há poucos dias os olhares do mundo estavam voltados para Londres, onde se realizaria as famosas Olimpíadas de 2012. Víamos o entusiasmo e o empenho dos participantes, alem do sonho de conquistar uma medalha de ouro, prata ou bronze.
Muitos atletas passaram grandes dificuldades para chegar ao lugar das Olimpíadas, por falta de recursos ou de patrocínio; porém todo sacrifício era válido, para participar da competição.
Olhando para o passado, para a Grécia antiga, berço das Olimpíadas; veremos multidões agitadas por uma de suas maiores paixões. Ali se reuniam centenas de atletas para disputar, aplausos, fama, alem de um prêmio, uma coroa ou grinalda. É provável que o apóstolo Paulo conhecesse profundamente os costumes e a cultura daquele povo se sentisse motivado ou contagiado pelos acontecimentos decorrentes, ao escrever aos irmãos de Corinto como acima vemos. Ele fala em duas modalidades que ali se disputava: a corrida e a luta. Na vida cristã não é diferente nós estamos em uma corrida que nos foi proposta, e todos querem chegar à meta, ao nosso alvo; Temos pela frente uma luta constante em que os covardes não suportam e desistem, porém os valentes  de Jeová persistem nela até o gongo tocar e chegarmos  a nossa completa vitória, pois ela não é contra carne e sangue, mas contra principados e potestades.
Portanto nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.” Heb. 12: 1. Como bons atletas, precisamos estar livres dos embaraços desta vida, a fim de que nada nos impeça concluir o nosso objetivo. O mundo nos olha de perto, nossa conduta, nossa postura, enfim, o nosso dia a dia.
Não ambicionemos aplausos e reconhecimentos, pois as nuvens de testemunhas esperam que sejamos diferentes e nesse estádio que em grego quer dizer “campo de corrida”, somos muitos e ao contrário dos atletas gregos, em que um só levava o prêmio, todos os que chegarmos à Meta, seremos vencedores e coroados. “Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras, e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” Mt. 5: 16. Podemos avaliar o valor da luz, quando repentinamente falta a energia elétrica, as trevas tomam conta do ambiente; da mesma forma podemos avaliar o valor do nosso testemunho e a sua extensão diante do mundo, é, portanto nossa responsabilidade dissipar as trevas que estão ao nosso redor.
Existe uma modalidade de corrida com obstáculos: um, dois, três, obstáculos, alguns tropeçam e caem; na nossa corrida, como Atletas Cristãos, e participantes dessa Olimpíada permanente da Fé, não são menores os obstáculos que se nos interpõem, pois o diabo o nosso grande adversário procura nos desestimular, desanimar, e fragilizar a fim de deixarmos a carreira inconclusa. Porém o Espírito Santo nos lembra que o reino dos céus é tomado com esforço, respiramos fundo, e o próprio Espírito nos sussurra, “...correi de tal maneira que alcanceis.”
Há os que se alistam somente para participar, porém sem compromisso, e para esses qualquer resultado satisfaz, por isso não observam disciplina, nem normas e muito menos treinamento; é apenas um participante em meio aos outros.
Há no Brasil uma maratona famosa chamada São Silvestres, no dia da corrida os canais de TV se posicionam para fazer a cobertura, milhares de pessoas se acotovelam na disputa de serem filmadas e assim terem seus segundos de fama. Após a arrancada vão desistindo e ficando pelo caminho. Mas em meio a esses estão os verdadeiros atletas, que suam a camisa, perdem peso, mas nada os faz desistirem, esses têm compromisso com o seu nome, e com o país que representam; “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida” Ap. 2:10
Para ser um atleta e disputar a Olimpíada Cristã, é necessário: disciplina, obedecer a normas, exercício, e abster- se  das coisas desta vida. “Esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão adiante de mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.”Fp.3: 13, 14
Se queremos subir ao Pódio, como um bom Atleta Cristão, precisamos pagar o preço, lutar legitimamente a fim de não sermos envergonhados.   
Rosa Maria Cunha