domingo, 13 de setembro de 2020

ENTREGAR O DÍZIMO, É BÊNÇÃO?

 

Há algum tempo desejava escrever algo sobre este tema.  Ao ler o livro de Rosane Cunha e  do Dr. Avanzini que falava sobre este assunto tão importante para a saúde da igreja, resolvi  falar um pouco sobre minha experiência, usando várias anotações importantes tiradas do livro. Usei esse título  para poder  responder  afirmativamente. O Dízimo é bênção para os que dão ou entregam. Leio a respeito de muitas  pessoas  que  combatem  essa prática  bíblica, e geralmente os que combatem são  exatamente os que não são dizimistas, porque os dizimistas o fazem alegremente, nunca fazem com tristeza ou remorso, fazem com sentimento de gratidão. Na minha trajetória de vida cristã conheci pessoas católicas praticantes que entregavam seus dízimos. Eu aprendi desde a minha infância, na Escola Dominical, a importância de ser um dizimista, e sou grata àqueles que me ensinaram essa prática abençoada.

Minha mãe, aos 108 anos dizia à minha irmã quando ia receber  o seu salário (aposentadoria): Minha filha, não esquece de tirar o que é do meu SENHOR (ela se referia ao Dízimo),  Minha tia,  bem idosa , de igual modo  procedia dessa maneira, elas aprenderam e passaram para nós e nós passamos para os nossos filhos.

O Dízimo é uma forma de devolver ao nosso DOADOR, aquele que TUDO  nos dá, uma parte (10%) do  TODO que recebemos. Isso é feito unicamente por gratidão e amor.

O Dízimo é obrigatório? Uns dizem que sim, outros dizem que não, outros dizem, cada um dá o  que  quer.  Eu pergunto:  E se não quiser dar nada, está tudo bem?

No Antigo Testamento o Dízimo era dado para os Sacerdotes e Levitas para que pudessem dedicar-se à lei do SENHOR. (II Cr.31: 4) Hoje não é diferente, é destinado ao sustento dos que ministram a comunidade cristã (Igreja), à divulgação da Palavra de Deus, aos missionários, evangelistas, aos trabalhos de evangelismo e obras  sociais. Uma igreja não tem como se manter  ou cumprir a sua missão no  mundo, sem a fidelidade de sua  membresia ,  porque ela  não está ligada a nenhum órgão que custeie as suas despesas .

No Antigo Testamento, o Dízimo era citado como uma devolução justa a Deus por TUDO  que ele deu ao homem.  Nós também somos abençoados e o abençoador, ou dador da bênção é o mesmo Deus do Antigo Testamento. Só Ele tem deveres para conosco? E nós, não temos deveres para com Ele? Somos merecedores de tudo que recebemos ou temos? Deus ainda fica devendo algo para nós?

Não, nós é que somos seus eternos devedores, jamais poderemos cancelar a dívida que temos com Ele, e essa dívida cada dia cresce.  Somente a dívida da nossa salvação, onde  Jesus vendo que nunca poderíamos pagar, com o seu sacrifício, zerou (0) a  nossa dívida cravando-a  na cruz. Jesus é o nosso documento de quitação.

Outros dizem: O Dízimo é da lei, é do Antigo Testamento, mas Abrão entregou o Dízimo de  TUDO ao “Rei da Justiça”, Melquisedeque, isso antes da lei.

Por estar  registrado no  AT. Não é para nós? Então as seguintes promessas: “O que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará”. E “O SENHOR é o meu pastor, nada me faltará”, não são para nós? Elas estão registradas no AT.

Eu creio em toda a Bíblia e sei que ela foi escrita para nossa regra de fé e prática. Uma coisa podemos  observar  nas  Escrituras , quando o povo era fiel e  dadivoso, prosperava. Jacó prometeu dar o Dizimo ao SENHOR e cumpriu,  e por isso  foi  grandemente abençoado.

Moisés  também  orientou  quanto aos dízimos aos filhos  de  Israel ( Ex.25:1-9) dando os primeiros frutos da terra, animais etc.

A mão que se abre para dar ou doar, estará  aberta para receber, enquanto que a mão que se   fecha para dar, tampouco  estará pronta para receber. “Dai e ser-vos-á  dado, boa medida  recalcada, sacudida  e transbordando vos deitarão no vosso regaço”. ( Lc.6:38 ). Quando o povo se torna avarento,  sofre as consequências   da sua  insensibilidade  para com a  Obra de Deus.

O Dízimo é o seguro da nossa renda  e deve ser aceito por amor. Todo aquele que compreende o valor do Dízimo  passa a  ser dono  dos  seus  bens,  e quando não compreendemos, nos tornamos  escravos  dos nossos bens ou fortuna.

As Escrituras dizem: “A bênção do SENHOR é que nos enriquece; e não acrescenta dores”. Pv.10:22. Temos um belo exemplo na Bíblia sobre o rei Ezequias. Ele destinou  parte dos seus bens à Obra de Deus  e ainda ordenou  aos demais que assim fizessem. (II Cr.31:4-6). O resultado dessa liberalidade  está em  (II C r.31:9,10 ) “Desde que esta oferta se começou a trazer à Casa do SENHOR, houve que comer e de que  se fartar,  comida sobejo  em abundância, porque o SENHOR abençoou ao seu povo, e sobejo esta abastança.”

Em continuação  veremos  o resultado  dessa ampla  generosidade, na vida do rei Ezequias  em ( II Cr.32:27-30 ). Ele prosperou em todas as coisas: teve  riqueza,  boas colheitas, edificou cidades e fez a condução das águas para o ocidente da Cidade de Davi. Este é um testemunho válido   para  qualquer tempo, inclusive nos dias de hoje, e se repetirá  na vida de todo  aquele  que crê . São bênçãos que  alcançam todas as áreas da vida do crente, espírito,  alma  e  corpo.

No Novo Testamento nós vemos  que também  era uma  prática dizimar. Os escribas e fariseus   dizimavam. Jesus os repreendeu  porque esqueciam  de observar a lei, o  juízo, a misericórdia e a fé. Completou  ainda  Jesus:  “devíeis, porém, fazer estas coisas sem omitir aquelas”.(MT.23:23 ).

Algo muito interessante achei no livro:  Quando contribuir, cite as  Escrituras, é  como regar uma  semente,  a água da Palavra é que faz crescer  a semente. Por exemplo, quando você  oferta ou dizima,  fale:  Está escrito: “ Deem  e  lhes  será dado”. Estou dando SENHOR, porque  a tua  Palavra me diz   que:  “medidas  transbordantes  cairão no  meu  regaço”.

A Palavra é que vai  irrigar a  semente, a nossa confiança  está na Palavra  e não na  semente (dinheiro). Uma sem   a  outra  não  funciona.

Deus seja louvado!

Rosa Maria Ferreira Cunha

 

 

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