quarta-feira, 17 de abril de 2019

AS QUATRO ESTAÇÕES NA VIDA CRISTÃ


Genesis 8.22  Enquanto durar a terra .não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.”
Esta foi a promessa feita por Deus, após o dilúvio. Dessa forma em toda a sua sabedoria ele criou as estações, todas bem definidas com a duração de três meses cada uma, ou seja, quatro por ano.  No versículo em destaque podemos ver nitidamente a separação de cada uma: Inverno, Primavera, Verão e Outono. Isso me leva a refletir que na nossa vida cristã também passamos por fases  semelhantes, e com elas aprendemos que a operação recíproca das quatro são importantes , porque nos trazem maturidade, crescimento e sabedoria,  delas resulta a essência da nossa fé.
Lendo Cantares 2.11-13, vejo que o sábio Salomão inicia o seu poema destacando o  INVERNO. “Porque eis que passou o inverno e a chuva cessou, e se foi;... Nos meus anos de vida cristã já sobrevivi a vários invernos que simbolizo como dias difíceis, desertos, solidão, provas duras e amargas, (como o abandono, falta de compreensão, falta de apoio etc). Nesses momentos parece que o inverno não tem fim, que não iremos suportar.
Deus, porém, quando criou as estações não teve a intensão de destruir o planeta, os seres humanos. De igual maneira na nossa vida cristã, o inverno não é para matar o crente, mas para torna-lo forte, sábio e resistente.
Ao vermos a beleza da neve, mesmo nos cartões postais, não imaginamos que além da beleza, ela é trabalhosa, no que diz respeito à limpeza das estradas e ruas, no teto das casas, até para sair da própria casa. É uma época de frio intenso, desânimo, cada um abriga-se o melhor que pode e fecha-se no seu mundo. Tempos difíceis, talvez por isso mesmo Jesus disse: “Rogai para que esse dia não aconteça no inverno.”Mt.24:20ª. Ele sabia o porque, ao estar  falando dessa forma, talvez porque a frieza espiritual mata. Paulo disse aos Coríntios que queria passar o inverno com eles. I Co.16:6. Estar juntos, um apoio?
No nosso país, o Brasil, na diversidade de clima que temos, podemos  destacar o inverno com chuvas, aguaceiros e inundações, isso no Norte.  Interpreto essa particularidade de outra forma, como a plenitude do Espírito Santo. Em Joel 2.8 diz: “Derramarei do meu Espírito sobre toda a carne...” É exatamente o que a igreja precisa nestes últimos dias, uma inundação do Espírito, porque ao ser cheio do Espírito santo a visão do crente é aperfeiçoada. Lembro que os rios da Bolívia sofrem  o fenômeno das cheias e da seca. Na maré baixa se vê o leito dos rios, cuja visão não é bonita, é triste. Se vê latas velhas, paus  pontiagudos,  garrafas quebradas, móveis velhos, e toda sorte de entulhos. Na cheia, é bem diferente, se pode admirar a beleza da flora, o panorama é agradável e encantador.  Por que digo que precisamos de uma inundação do Espírito? Porque o crente cheio do Espírito Santo fica na sua plenitude, não se detém no erro do seu irmão, não fofoca da vida alheia; antes, ora pelos seus amigos, seus pastores exalta suas qualidades, está pronto para  servir, para louvar e evangelizar.
O inverno é bênção, ele é necessário para que haja vida, com chuva, germinam as sementes, que se transformam, que crescem e dão frutos que mata a fome. Não havendo chuva, não há colheita, não há produção, não há  provisão. Se não houvesse colheita por um ano em todo o mundo, a maioria dos homens  morreriam de fome.
Mas o inverno passa e deixa o seu aprendizado preparando-nos para a  próxima estação, a PRIMAVERA. A estação das flores, quando surgem os primeiros raios do sol. Nasce a erva verde, o verde da esperança, Salomão teve essa visão Ct.v.12 “Aparecem as flores na terra...”
Que alegria! É a primavera chegando, é a oportunidade de  agradecer a um Deus que cuida de tudo, até mesmo das aves que dão seus trinados alegremente, “..chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ( tórtola ) ouve-se em nossa  terra.”Aleluia!
Penso  que Davi compôs o Salmo 23 em uma manhã primaveril. “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente à águas tranquilas.”. Nessa estação precisamos levar ao mundo o bom cheiro de Cristo, que nenhum vaso de alabastro lacrado, crie limites para nós (porque vaso lacrado não exala perfume) e impeça que a  fragrância de Cristo se espalhe no mundo através de nós. Mas, enquanto isso, aprendamos a parábola da figueira, Mt.24:32: “Quando já os seus ramos se renovam e folhas brotam, sabeis que está próximo o verão.”
O VERÃO se destaca pelo brilho e o calor do sol, é a vida em toda a sua plenitude. O Espírito Santo nos capacita para avançarmos com dinamismo, aproveitando este grande verão. Brilha o Sol da Justiça que nos mobiliza, nos motiva para vivermos esse grande verão da graça. Ml.4:2 complementa, “Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o Sol da Justiça, e salvação trará em baixo das suas asas”. O Sol da Justiça é JESUS que traz salvação, o nosso maior tesouro. Como igreja precisamos  estar  conscientes  disso. É hora do IDE!  Precisamos aproveitá-lo e preparar-nos para o final desta,  e o princípio da próxima estação,  o OUTONO.

Habacuque 3.17,18 “ Ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimentos; as ovelhas sejam arrebatadas  do aprisco, e nos currais não haja gado...” ele dá-nos a impressão de estar vivendo um tremendo outono.  O outono  chega com um panorama sombrio e desolador. Árvores entristecidas, despidas da sua beleza, porque o outono despe o que a primavera vestiu, folhas amareladas atiradas ao chão, levadas de um lado  para o outro pelo soprar inquieto do vento, clima variado, insegurança. Essa fase é difícil de contemplar  sem se emocionar, porque é o momento da crise, da perda, da decepção, nos sentimos sós, parece-nos que o mundo desabou sobre nossa cabeça, olhamos de um lado para o outro e não vemos saída. Nos  sentimos  como  árvore do outono, despida da sua beleza e utilidade. Muitos homens e mulheres de Deus tiveram um outono na sua vida, dentre eles: Jó, Davi, Elias, Ana.  Um dos exemplos mais desoladores desse outono foi vivido por Jó. Na sua angústia ele disse: “Todos os meus  amigos íntimos me abandonaram, e até os que eu amava se tornaram contra mim. Os meus ossos se apegaram á minha pele e á minha carne, e salvei-me só com a pele dos meus dentes”. Jó 19.19,20. É importante sabermos que todas essas  estações são importantes e necessárias na nossa vida cristã.
Qual é a fase que você está vivendo? Você está se sentindo como uma árvore do outono perdeu o seu verdor, a sua alegria? Não desespere!
Um pensador escreveu o seguinte:  “Não temas se o outono chegou, ainda que caiam as folhas ainda ficam os ramos!” – Assim como o Inverno, a Primavera e o Verão  passaram, o Outono também vai passar. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.”Sl.30:5
Salomão complementa: “A figueira já deu os seus  figos,  e as vides em flor exalam o seu aroma.” Ct.v 13ª – Os ventos foram fortes? Diga como Habacuque, “Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”, Hc.3.18. Ao concluir esta estação estaremos mais fortalecidos  na nossa fé em Cristo Jesus. . Diga o fraco: SOU FORTE!
    Deus seja louvado!
                                        Pastora Rosa Maria Ferreira Cunha

Um comentário:

  1. Bom dia!
    Maravilhosa e inspiradora interpretação.
    Que passemos por todas as estações inrraizados em Cristo e tirando proveito e crescimento de cada uma delas.

    ResponderExcluir