Genesis
8.22 “Enquanto durar a terra .não
deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite.”
Esta foi a promessa feita
por Deus, após o dilúvio. Dessa forma em toda a sua sabedoria ele criou as
estações, todas bem definidas com a duração de três meses cada uma, ou seja,
quatro por ano. No versículo em destaque
podemos ver nitidamente a separação de cada uma: Inverno, Primavera, Verão e
Outono. Isso me leva a refletir que na nossa vida cristã também passamos por
fases semelhantes, e com elas aprendemos
que a operação recíproca das quatro são importantes , porque nos trazem
maturidade, crescimento e sabedoria, delas resulta a essência da nossa fé.
Lendo Cantares 2.11-13, vejo
que o sábio Salomão inicia o seu poema destacando o INVERNO. “Porque eis que passou o inverno e
a chuva cessou, e se foi;... Nos meus anos de vida cristã já sobrevivi
a vários invernos que simbolizo como dias difíceis, desertos, solidão, provas
duras e amargas, (como o abandono, falta de compreensão, falta de apoio etc).
Nesses momentos parece que o inverno não tem fim, que não iremos suportar.
Deus, porém, quando criou as
estações não teve a intensão de destruir o planeta, os seres humanos. De igual
maneira na nossa vida cristã, o inverno não é para matar o crente, mas para
torna-lo forte, sábio e resistente.
Ao vermos a beleza da neve,
mesmo nos cartões postais, não imaginamos que além da beleza, ela é trabalhosa,
no que diz respeito à limpeza das estradas e ruas, no teto das casas, até para
sair da própria casa. É uma época de frio intenso, desânimo, cada um abriga-se
o melhor que pode e fecha-se no seu mundo. Tempos difíceis, talvez por isso
mesmo Jesus disse: “Rogai para que esse dia não aconteça no inverno.”Mt.24:20ª. Ele
sabia o porque, ao estar falando dessa
forma, talvez porque a frieza espiritual mata. Paulo disse aos Coríntios que
queria passar o inverno com eles. I Co.16:6. Estar juntos, um apoio?
No nosso país, o Brasil, na
diversidade de clima que temos, podemos
destacar o inverno com chuvas, aguaceiros e inundações, isso no
Norte. Interpreto essa particularidade
de outra forma, como a plenitude do Espírito Santo. Em Joel 2.8 diz: “Derramarei
do meu Espírito sobre toda a carne...” É exatamente o que a igreja
precisa nestes últimos dias, uma inundação do Espírito, porque ao ser cheio do
Espírito santo a visão do crente é aperfeiçoada. Lembro que os rios da Bolívia
sofrem o fenômeno das cheias e da seca.
Na maré baixa se vê o leito dos rios, cuja visão não é bonita, é triste. Se vê
latas velhas, paus pontiagudos, garrafas quebradas, móveis velhos, e toda
sorte de entulhos. Na cheia, é bem diferente, se pode admirar a beleza da
flora, o panorama é agradável e encantador.
Por que digo que precisamos de uma inundação do Espírito? Porque o
crente cheio do Espírito Santo fica na sua plenitude, não se detém no erro do
seu irmão, não fofoca da vida alheia; antes, ora pelos seus amigos, seus
pastores exalta suas qualidades, está pronto para servir, para louvar e evangelizar.
O inverno é bênção, ele é
necessário para que haja vida, com chuva, germinam as sementes, que se
transformam, que crescem e dão frutos que mata a fome. Não havendo chuva, não
há colheita, não há produção, não há
provisão. Se não houvesse colheita por um ano em todo o mundo, a maioria
dos homens morreriam de fome.
Mas o inverno passa e deixa
o seu aprendizado preparando-nos para a
próxima estação, a PRIMAVERA. A estação das flores, quando surgem os
primeiros raios do sol. Nasce a erva verde, o verde da esperança, Salomão teve
essa visão Ct.v.12 “Aparecem as flores na terra...”
Que alegria! É a primavera
chegando, é a oportunidade de agradecer
a um Deus que cuida de tudo, até mesmo das aves que dão seus trinados
alegremente, “..chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ( tórtola ) ouve-se
em nossa terra.”Aleluia!
Penso que Davi compôs o Salmo 23 em uma manhã
primaveril. “Deitar-me faz em verdes pastos, guia-me mansamente à águas tranquilas.”.
Nessa estação precisamos levar ao mundo o bom cheiro de Cristo, que nenhum vaso
de alabastro lacrado, crie limites para nós (porque vaso lacrado não exala
perfume) e impeça que a fragrância de
Cristo se espalhe no mundo através de nós. Mas, enquanto isso, aprendamos a
parábola da figueira, Mt.24:32: “Quando já os seus ramos se renovam e folhas
brotam, sabeis que está próximo o verão.”
O VERÃO se destaca pelo
brilho e o calor do sol, é a vida em toda a sua plenitude. O Espírito Santo nos
capacita para avançarmos com dinamismo, aproveitando este grande verão. Brilha
o Sol da Justiça que nos mobiliza, nos motiva para vivermos esse grande verão
da graça. Ml.4:2 complementa, “Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o
Sol da Justiça, e salvação trará em baixo das suas asas”. O Sol da
Justiça é JESUS que traz salvação, o nosso maior tesouro. Como igreja
precisamos estar conscientes disso. É hora do IDE! Precisamos aproveitá-lo e preparar-nos para o
final desta, e o princípio da próxima
estação, o OUTONO.
Habacuque 3.17,18 “ Ainda
que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira
minta, e os campos não produzam mantimentos; as ovelhas sejam arrebatadas do aprisco, e nos currais não haja gado...”
ele dá-nos a impressão de estar vivendo um tremendo outono. O outono chega com um panorama sombrio e desolador.
Árvores entristecidas, despidas da sua beleza, porque o outono despe o que a
primavera vestiu, folhas amareladas atiradas ao chão, levadas de um lado para o outro pelo soprar inquieto do vento,
clima variado, insegurança. Essa fase é difícil de contemplar sem se emocionar, porque é o momento da
crise, da perda, da decepção, nos sentimos sós, parece-nos que o mundo desabou
sobre nossa cabeça, olhamos de um lado para o outro e não vemos saída. Nos sentimos
como árvore do outono, despida da
sua beleza e utilidade. Muitos homens e mulheres de Deus tiveram um outono na
sua vida, dentre eles: Jó, Davi, Elias, Ana.
Um dos exemplos mais desoladores desse outono foi vivido por Jó. Na sua
angústia ele disse: “Todos os meus amigos íntimos me abandonaram, e até os que eu
amava se tornaram contra mim. Os meus ossos se apegaram á minha pele e á minha
carne, e salvei-me só com a pele dos meus dentes”. Jó 19.19,20. É
importante sabermos que todas essas
estações são importantes e necessárias na nossa vida cristã.
Qual é a fase que você está
vivendo? Você está se sentindo como uma árvore do outono perdeu o seu verdor, a
sua alegria? Não desespere!
Um pensador escreveu o
seguinte: “Não temas se o outono chegou,
ainda que caiam as folhas ainda ficam os ramos!” – Assim como o Inverno, a Primavera
e o Verão passaram, o Outono também vai
passar. “O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer.”Sl.30:5
Salomão complementa: “A
figueira já deu os seus figos, e as vides em flor exalam o seu aroma.”
Ct.v 13ª – Os ventos foram fortes? Diga como Habacuque, “Todavia eu me alegrarei no
Senhor, exultarei no Deus da minha salvação”, Hc.3.18. Ao concluir esta
estação estaremos mais fortalecidos na
nossa fé em Cristo Jesus. . Diga o fraco: SOU FORTE!
Deus seja louvado!
Pastora
Rosa Maria Ferreira Cunha
Bom dia!
ResponderExcluirMaravilhosa e inspiradora interpretação.
Que passemos por todas as estações inrraizados em Cristo e tirando proveito e crescimento de cada uma delas.