quarta-feira, 18 de julho de 2012

COMO BARRO NAS SUAS MÃOS


Estava cuidando dos meus afazeres domésticos, quando meu esposo chegou apressado dizendo-me: Bem, pára tudo que eu vou levar você  para ver algo que você vai gostar. Saímos em direção a um bairro chamado Santa Efigênia  e chegamos a uma casa simples ali encontrei um homem trabalhando artesanalmente o barro, era um oleiro. Lembrei-me: “Levanta-te e desce a casa do oleiro, e la te farei ouvir as minhas palavras. E  desci a casa do oleiro e eis que ele estava fazendo a sua obra sobre as rodas.” (Jr.18:2,3) Fiquei maravilhada vendo aquele trabalho; para quem não entende, uma bola de barro não tem valor nenhum, porém não é assim quando ela está na mão do oleiro. Perguntei, como é o processo que o senhor usa  para usar o barro de forma tão macia? Ele disse-me, o primeiro passo é a limpeza: se limpa o barro do lixo, dos gravetos etc.  Pensei, a nossa vida antes de conhecermos Jesus, era assim como essa bola feia, ninguém nos dava valor; mas quando passamos as mãos do oleiro, foi que a nossa vida mudou, passamos a ter valor e proveito, porque o Espírito Santo nos limpou, nós não podemos permanecer com o lixo do pecado se queremos ser usados por Deus. Depois veio a prensada: é o processo de cortar e bater o barro para aparelhá-lo  a fim de que não fique nenhuma bolha de ar para não prejudicar os próximos passos. Deus quer fazer a mesma coisa em nós, são as lições duras que precisamos aprender, é quando Deus trabalha no nosso ego, para aprendermos a sujeitar-nos a Ele. Em seguida veio o amaciamento: no barro sempre existem partículas duras que não são um corpo estranho, mas é o próprio barro que não foi suavizado, essas partículas se não forem amaciadas podem trazer deformação à peça. Deus também quer trabalhar no nosso caráter, quer refinar-nos. ”Quem esta em Cristo nova criatura é, as coisas velhas passaram” (2 Co.5:17). O caráter de Cristo precisa ser formado em nós, a temperança, a mansidão, o domínio próprio etc. Observei que o oleiro a cada momento molhava a mão e passava no barro, perguntei por que? Ele me disse: para ter o barro moldável é preciso mantê-lo úmido, se o barro secar não se pode modelar. As nossas vidas precisam manter-se umedecidas pela Palavra de Deus “A Palavra de Deus habite em vós abundantemente.” (Cl.3:16). Em continuação veio a forma: ele me disse agora vamos formar a peça, o segredo é colocar  o barro no centro da roda, para que a peça não fique torta. Achei esse cuidado importante, Deus também quer a nossa vida no centro da Sua vontade, do contrário o nosso perfil cristão nunca será construído.  Vieram depois os detalhes e adornos: artisticamente foram feitos os desenhos e os adornos ornamentais para logo em seguida ser levado ao forno. Fiquei pensando, que lição extraordinária. Todos nós como cristãos já passamos pelo forno da prova, e a forma como nós a resistimos nos capacita, nos dá firmeza  para o trabalho “O crisol é para a prata e o forno para o ouro, mas o Senhor prova os corações“ (Pv.17: 3). A prova não é para destruir o crente, mas uma forma de aprová-lo funciona como a faculdade do cristão. “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem” (Job. 42:5), Uma vasilha que não é bem queimada se conhece pelo som ao bater na peça, se ela não tinir, ela não está aprovada, ela vai rachar, se torna uma peça de segunda. O crente precisa ser queimado pelo fogo do Espírito Santo para estar aprovado para realizar a Obra de Deus, e dizer: “Eis-me aqui, envia-me a mim” (Is. 6:6)  Sejamos barro nas suas mãos. RMC

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